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por avidarimar, em 14.04.15

LÁGRIMA SOLITÁRIA

 

Porque me deixas de rastos

Tu que eras minha

Abandonas-me

E expões-te ao vento

Fico sem jeito

Quando a emoção me escapa

Entre os dedos da mão

Eu que me queria afigurar de forte

Só me paras nos socalcos da face

E deixas-me mudo a olhar

Para dentro de mim

Sem saber se me destroças       De vez.

 

Mas não, não me deixas esvair

Em tristezas corridas                     Cinzentas

A tua avenida rasgada cara abaixo

Salgou o leito da emoção

Que me invadiu

De ver uma criança

Fixar os olhos num mendigo

Que habita um cartão

Debaixo da varanda dum prédio.

 

Libertou a mão

Fugiu

Envolto em comovente ternura

Dá uma corrida apressada

E afaga ao velho o rosto dormente

Marcado pela dor de tal vida

Amargura.

 

Porquê a criança

Porquê um marginalizado

Por esta sociedade

Olho humedecido           Brilhante

Porquê o seu sorriso

Arrancado neste dia

Em troca duma carícia?

 

Deste mundo

Neste momento

Esta imagem

Cala-me bem fundo

Não quero

Não consigo dizer mais que…

Este é o meu Natal.

 

LUMAVITO

27/12/2014

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publicado às 21:32



Pretendo abordar diversos temas da vida de um país, em claro desespero de sintonia entre governados e governantes. A forma pretende ser a poesia, com mais preocupação pelo conteúdo da mensagem que pela forma de estilo.

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