Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Saio à rua olho o céu
Crepita salta abrasa
Ar escaldante
Não suporto fora de casa
Tal o marasmo apatia
Ambiente sufocante
Estufa gigante montada
Tudo queima
Nada mexe nada sopra….
Nada
Sinto o ofegar do fundo do peito
Apertam-me os canais
Que ainda chegam aos brônquios
As vielas que o ar sopra
Até aos pulmões
Tento respirar fundo
Fecho os olhos nada feito
Inspiro pela boca
Entupida a narina
Vejo fugir o mundo
Provoca-me o colapso do fôlego
Sinto a vida a murchar
Esticados os favos da minha concertina
Mais não cedem
À minha ânsia de respirar
Calor é satisfação
Se à saúde for aceitável
Sensação de aperto peitoral
Tento puxar das entranhas
O ar com desmesurada sofreguidão
O cérebro dá sinais
De coisas estranhas
A luz diminui
A clareza das ideias esmorece
E o pensamento não flui
LUMAVITO
22/3/2014