Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Sou ausente de raça
Nem entendo a cor da pele
No baú dos registos
Desvelo a minha etnia
Que não descubro
Diligencio a minha idade
Presumo-me em todas
Novo, velho
Maduro, recém-nascido.
Estou certo donde provenho
Mas não tenho terra
Regalo-me em qualquer lugar
Este eu que se percebe gente
Pelejo por causas
Com ideais, razões
Repleto de sonhos
Procuro a dimensão
Deste universo
Palpito a vida
Prenhe de argumentos
São dúvidas, certezas
E são todos sentimentos
Percebo-me filho
E sou pai
Rebusco memórias
Na alcova do meu recanto
Nos momentos de prazer
E nas vãs glórias.
Busco amor
Refuto o ódio
Além de animal
Esta coisa de pensante
Sem ser artista
Sinto-me marido
Sou amante
Para sentir o mundo
Afortunado
Vivo o pranto e o riso
Irei a qualquer lado
E fabricarei
O que for preciso
LUMAVITO
22/3/2014