Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


SERÁ UM DIA

por avidarimar, em 28.11.15

Francamente

Nem sempre

Nem sempre me apetece

Sorrir

Às vezes

Muitas vezes

Ocorre-me fingir

Que a vida sorri

Quando no fundo

Reconheço que

Inconscientemente

Morri

 

Morri quando

Devia até à exaustão ter lutado

E sucumbi

E fui andando

Fugi com medo

E escapei em segredo

Cobarde

 

E morri

Porque deixei pra mais tarde

O importante de agora

E aquele que por mim esperava

Ficou só

E não é ele quem chora

 

Choro eu de não ter a coragem

De ser eu

Em vez de tentar ser

A minha imagem

 

E lento

Lentamente

Vou morrendo aos poucos

Vou-me abafando indiferente

Agarrando-me

A estes tempos loucos

Como se nesta letargia

De viver do faz de conta

Me eximisse

De resistir ao que nos afronta

E o ser feliz

Não é estado de alma alcançado

Mas busca incessante

A quem se dá à vida

Apaixonado

Em cada instante

 

Já não tenho belos sonhos

Com pássaros e flores

Em vez de anjos

Adamastores

Consomem-me

Pensamentos medonhos

Lutas fratricidas

Horrores

Meio caminho da loucura

Tantas noites perdidas

Vagueio

No cinzento à procura

De momentos de acalmia

Quem saiba se noutro meio

Talvez a vida sorria

 

Talvez esta sirene

Que me trespassa a cabeça

Renasça doce melodia

Talvez um dia

A metamorfose aconteça

De lagarta a borboleta

Talvez esse fantasma que me inquieta

Se vá de vez

Talvez …

 

LUMAVITO

20151128

CLX

20151116 IMG_0005.JPG

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 11:53

DE UM NOVEMBRO PRIMAVERIL

por avidarimar, em 22.11.15

Se há alguém que não escrevendo

Se faz ler em qualquer lugar

É para nós luz na vida

Pela forma de saber estar

 

Cinquenta e sete rosas floridas

Irradiam inebriante odor

São páginas tão sentidas

De um livro sempre em flor

 

LUMAVITO

20151122

CLIX

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 12:46

TRISTE ALMA PENADA

por avidarimar, em 21.11.15

Sei que ainda rosnas

Como cão acossado

Ladras de lá bem longe

Entoas no alto do púlpito

Com esse teu ar de monge

Convencido que tais sermões

Te chegam a este lado

 

Não enxergas profundo desprezo

Que nutro realmente por ti

De silêncios e punhaladas

É o mesmo de dezasseis dias

Gravados dentro de mim

Mesmo assim acreditavas

Que guardo o que tu dizias

 

Incomoda-te o meu silêncio

E já rondas os meus passos

A solidão a que és votado

O que te move sem clareza

Se procuras novos laços

Comigo não será com certeza

Vai morrer a outro lado

 

LUMAVITO

20151115

CLVIII

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 22:36

ENCENAÇÃO

por avidarimar, em 21.11.15

No centro d’arena

Do circo da vida

Desfilam artistas

O drama de fazer rir

Comédia cruelmente fingida

Aplausos da plateia

Gritos

O palhaço sai de cena

E silêncios de partir

Medonhos silêncios

No resto da jornada

Só o sabe a rulote

A solidão chateia

A solidão consome

Nesta passagem terrena

Quase missão sacerdote

Vida de tanta coisa

Tanta coisa sem nome

E recheada de nada

Qual sonhador D Quixote

 

LUMAVITO

21051115

CLVII

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 21:07


Pretendo abordar diversos temas da vida de um país, em claro desespero de sintonia entre governados e governantes. A forma pretende ser a poesia, com mais preocupação pelo conteúdo da mensagem que pela forma de estilo.

Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

Pesquisar no Blog  

calendário

Novembro 2015

D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930

Posts mais comentados



Arquivo

  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2016
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2015
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D