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HUMANUM EST

por avidarimar, em 05.08.15

Com a mão se dá

Com a mão se tira

Assim se faz justiça

Da verdade que é mentira

Hoje convém-nos assim

Amanhã a verdade

Tem outro fim

Como mulher vadia

Com voto de castidade

 

Verdade não é rigor

Nem mentira é falsidade

Seja lá o que for

Meias verdades                              Ocultações

Talvez até necessidade

Sobreviver às próprias limitações

 

LUMAVITO

05/08/2015

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publicado às 23:46

NOÇÕES DE ECONOMIA II

por avidarimar, em 05.08.15

Economia é ciência oculta

Tão oculta que do lado de cá

Dos pobres e mal remediados

Mal se enxerga

Se não estiverem atolados

Se o não estiverem

Não há nada que se erga

 

Se na economia de merceeiro

Há o “DEVE” e o “HAVER”

Presumimos então

Que pra nós

Deve haver bem pouco

Ou não

Sobra um tostão

 

LUMAVITO

25/05/2015

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publicado às 22:17

SE A CARTA CHEGAR A GARCIA

por avidarimar, em 05.08.15

Levar a carta a Garcia

Ou trazer capas de gaspear

Será raspas de capear

Ou cartas de embalar

Já não sei

Se é algo sem regra nem lei

 

Fico tonto

Confuso

De saber que já não uso

Os correios para tal

Eles vendem tudo

É um negócio chorudo

Sobra o código postal

 

Correios é pra investir

Pra vender livros de mentir

Ou então sonhos de fingir

Que sonho  ir aos correios

Levar por próprios meios

Esta carta que faz rir

 

Não mais é possível

Correios não é mais nosso

É pra arranjar caroço

Pra quem mais tiver

Não é pra enriquecer

É de promover o crescimento

Da riqueza acumulada

E o resto sem nada

Assim se faz este viver

 

Longe vão os tempos

Da pujante mala-posta

Levava a correspondência suposta

De Lisboa até ao Porto

Em tempos há muito idos

O caminho era torto

Por entre o Casal dos Carreiros

Para os primeiros carteiros

 

Pioneiros da resposta

Por entre buracos da estrada

Na corrida apressada

Vertiginosa Infernal

Até à capital

 

Buracos na estrada

Quem a esburacou

Foi tanto artista que por cá passou

Que os buracos de ontem

São os mesmos de hoje

E se acossados

São quem mais foge

E o correio é pra saldar

Mais não é que roubar

 

É tudo o que o homem do caroço quiser

Só não é pra o que devia

Enviar uma carta a Garcia

Por muito que alguém queira

Esteja lá onde estiver

 

As ideias são minhas

O dinheiro não é meu

A única coisa que tenho

Além do que sonho

É sobretudo dever

 

Devo impostos submissão fiscal

Querem eles valores omissos

Fidelidade aos compromissos

Imponho-me eu

Nem que fique sem tostão

Queiram esses ou não

Continuo a dever

Vassalagem fora de questão

 

Por mais que me amarrem

Devo a mim próprio outro bem

A liberdade de pensar

Pensar diferente

Sem algemas morais

Essa liberdade que vale mais

Se quiser cada um tem

Se não se resignar dia a dia

Chegará a carta a Garcia

 

LUMAVITO

12/06/2013

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publicado às 22:16

DIAS QUENTES

por avidarimar, em 05.08.15

Se algum dia

Os dias quentes se esgotarem

Corre ao centro comercial

Haverá sempre uma loja

Que os terá para venda

 

Basta andares umas horas no ar

Regressarás desejoso

De um dia primaveril

Não há dinheiro que o pague

 

LUMAVITO

29/05/2015

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publicado às 22:13

MÁSCARA CAÍDA

por avidarimar, em 05.08.15

Que nem cães

Prestes a serem atropelados

São cães sem rosto

Os humanos acossados

Com o medo de perder

A posição

O posto

O lado cómodo

E acomodado da vida

Rouba-lhes a máscara da virtude

E escancara o propósito na atitude

 

A dignidade troca-se

Por qualquer lugarzito

E numa simulada mansidão

Sabe-se estar

Ou não

 

É o dinheiro que os motiva

Sem ele

São como gatos

Em telhado escaldante

Em cada pé que assentam

Sem jeito

Recuam

Desequilíbrio

Escorregam

Até se estatelarem

No chão acidentado

Que desconhecem

Hilariante

Se não fosse angustiante

 

LUMAVITO

05/08/2015

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publicado às 22:09


Pretendo abordar diversos temas da vida de um país, em claro desespero de sintonia entre governados e governantes. A forma pretende ser a poesia, com mais preocupação pelo conteúdo da mensagem que pela forma de estilo.

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